sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A matemática na música



Ao aplicar uma força sobre uma corda esticada, obtemos uma frequência que gera uma nota musical. Observou-se que quando uma frequência é multiplicada por 2, a nota permanece a mesma. Por exemplo, a nota Lá (440 Hz) multiplicada por 2 = 880 Hz é também uma nota Lá, só que uma oitava acima.
Se o objetivo fosse abaixar uma oitava, bastaria dividir por 2. Podemos concluir então que uma nota e sua respectiva oitava mantêm uma relação de ½.
Muito bem, antes de continuarmos, vamos voltar ao passado, para a Grécia Antiga. Naquela época, existiu um homem chamado Pitágoras que fez descobertas muito importantes para a matemática (e para a música).
Isso que acabamos de mostrar sobre oitavas ele descobriu “brincando” com uma corda esticada. Imagine uma corda esticada, presa nas suas extremidades. Quando tocamos essa corda, ela vibra (observe o desenho abaixo):


Pitágoras decidiu dividir essa corda em duas partes e tocou cada extremidade novamente. O som produzido era exatamente o mesmo, só que mais agudo (pois era a mesma nota uma oitava acima):

Pitágoras não parou por aí. Ele decidiu experimentar como ficaria o som se a corda fosse dividida em 3 partes:


Ele reparou que um novo som surgiu, diferente do anterior. Dessa vez, não era a mesma nota uma oitava acima, mas uma nota diferente, que precisava receber outro nome. Esse som, apesar de ser diferente, combinava bem com o som anterior, criando uma harmonia agradável ao ouvido, pois essas divisões até aqui mostradas possuem relações matemáticas 1/2 e 2/3 (nosso cérebro gosta de relações lógicas bem definidas).
Assim, ele continuou fazendo subdivisões e foi combinando os sons matematicamente criando escalas que, mais tarde, estimularam a criação de instrumentos musicais que pudessem reproduzir essas escalas.
O intervalo do trítono, por exemplo, foi obtido a partir da relação 32/45, uma relação complexa e inexata, fator que leva nosso cérebro a considerar esse som instável e tenso. Com o passar do tempo, as notas foram recebendo os nomes que conhecemos hoje.
Este artigo foi retirado do site:Descomplicando a música. Acesse e veja a matéria completa

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pequeno Guia de Sobrevivência do Músico



Enviado por Ana Karoline
Não é novidade para ninguém que é difícil viver de música no Brasil. Para quem quer levar a qualidade da música a sério, então, é preciso muito talento, dedicação e força de vontade. Para facilitar a vida de quem sonha em seguir a carreira musical, aqui está um pequeno guia com dicas fundamentais para se dar bem no mercado dos dias de hoje.

1. Aprenda a tocar diferentes estilos.
Não existe nada melhor do que tocar rock and roll, mas para ganhar a vida como músico é preciso aprender a driblar o preconceito e ser competente também em outros estilos. A maioria dos grandes músicos começou tocando em bandas cover, muitas vezes com repertório variado para agradar a todos os públicos. No início, guarde suas composições para o seu projeto pessoal. E nunca seja radical.

2. Monte um estúdio em casa.
Computador não serve apenas para conhecer gente na Internet: ele é sua porta de entrada também para o mundo das gravações. Antigamente, era impossível gravar um som decente sem um bom estúdio e um equipamento caríssimo. Hoje isso mudou, com uma boa placa de som e bons softwares, dá para tirar um som inacreditável.

3. Não fique preso ao mundo real.
Não adianta tapar o sol com a peneira: é na Internet que estão as maiores chances de você divulgar seu trabalho. Crie um web site e invista uma parte do seu tempo trocando ideias em comunidades virtuais. A Internet é a mídia mais barata e mais eficaz já inventada.

4. Faça amizade com outros músicos.
Como todo campo profissional, a música também depende muito dos contatos pessoais. No mundo empresarial, isso se chama ‘networking’. Manter contato com outros músicos não é bom apenas para trocar ideias sobre técnicas e equipamentos: é das amizades que surgem as melhores parcerias.

5. Você nunca será o melhor do mundo.
Você deve fugir de duas coisas para se dar bem no mundo da música: a arrogância e a inveja. Nunca ache que você é o melhor do mundo; se achar guarde essa opinião para você. E nunca tenha inveja de um músico que toca melhor que você: eles sempre vão existir. O importante é escolher bons professores e métodos de estudo eficientes.

6. Música não é competição.
Quando se gasta muito tempo estudando, é normal prestar atenção aos outros músicos para comparar as técnicas e, principalmente, a velocidade. Mas não se esqueça que música não é uma competição para ver quem toca mais rápido Jimi Hendrix e Eric Clapton vão viver para sempre, ao contrário de guitarristas que imitam uns aos outros e acham que o importante é tocar mil escalas por segundo.

7. Descubra o seu próprio estilo.
Uma das maiores dificuldades para um músico em qualquer fase da carreira é descobrir o seu próprio estilo. Ser influenciado por outros músicos é ótimo; passar a vida inteira copiando é péssimo. Misture suas influências num e veja o que sai.

8. Não seja bitolado.
Você só pensa em tocar seu instrumento 24 horas por dia? Pois está na hora de dividir a cabeça com outras formas de expressão artística. Dê um descanso para o corpo e gaste parte do seu tempo com filmes, livros, exposições - toda forma de arte é importante e toda experiência pode se tornar uma nova fonte de inspiração musical.

9. Se quiser ser profissional, pense como um.
Você gosta tanto de música que continuará tocando mesmo sem ganhar um centavo com isso? Pense bem. Para seguir a carreira de músico é importante pensar como um profissional: sua música é seu trabalho. Corra atrás de formas de ganhar dinheiro: sessões como músico de estúdio, gravação de jingles, apresentações em público, teatros e até casamentos… Encare a música com profissionalismo e uma hora você terá a oportunidade de mostrar o seu próprio som.

10. Seu instrumento é seu melhor amigo.
Para ser músico você tem que ter respeito pela música e, principalmente, pelo seu instrumento. Ele é o elo entre o que seu coração quer dizer e o que seu público vai ouvir. Encare-o com uma extensão do seu corpo, uma parte fundamental de quem você é. Trate bem o seu instrumento e vocês serão felizes para sempre! 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O que é um arranjo musical?


Para que uma organização, uma comunidade ou um sistema funcione, é necessário que todos os seus elementos estejam combinados ou bem arranjados.
Mas não pense que arranjar músicas é uma tarefa fácil ou glamorosa. Segundo o músico Paulo Tiné, a atividade é tão desgastante que o maestro Tom Jobim, assim que ficou famoso, tratou de terceirizar esse procedimento.
Mas o que é um arranjo?
Tomemos por base a matemática: a análise combinatória estuda dois tipos de agrupamentos: Arranjos e combinações.
Nesse caso, os arranjos são caracterizados pela natureza e pela ordem dos elementos escolhidos.
Na área da computação, o arranjo é a estrutura de dados para organização de elementos através de índices.
Na culinária, é necessário que os ingredientes harmonizem para que a receita dê certo. As vezes o menos é mais. Em outras ocasiões, é permitido um exagero aqui, outro ali. Outras receitas requerem quantidades exatas. Por mais que não exista uma fórmula definitiva, é preciso que tudo esteja combinando.
Nos esportes coletivos, um time bem arranjado tende a ser superior aos adversários. Vamos pegar como exemplo a última Copa do Mundo. Todos lembram o que aconteceu quando uma certa seleção européia que “jogava por música” enfrentou a seleção anfitriã, que desafinou em campo, permitiu tabelas em espaços menores que semicolcheias e acabou levando um gol para cada nota musical da escala natural.
O maestro alemão (aquele treinador que possui uma mania nada higiênica de se “alimentar” durante as partidas), deu uma lição de coletividade, de fazer inveja às melhores orquestras do mundo e conduziu seu time ao tetracampeonato mundial.
Na música, a organização dos elementos, a função de cada instrumento e a preparação de uma composição musical para a execução por um grupo específico de vozes ou instrumentos musicais é  denominado arranjo.
Todas as músicas possuem seu arranjo.
Alguns arranjos são mais elaborados, como aqueles que são executados por orquestras. Outros são mais simples, como aquele forrozinho maroto tocado em estabelecimentos “risca-faca”, por um cantor que abusa da criatividade e do repertório de reputação duvidosa acompanhado apenas de um teclado e um microfone.
Assim como no nosso sistema digestivo, um “desarranjo” pode trazer danos irreparáveis à reputação de um músico. Por isso é importante caprichar nesse processo. É necessário saber para que e para quem se destina o trabalho a fim de que a mensagem seja transmitida de forma clara e objetiva no resultado final.
Ao recriar o material pré-existente para que fique em forma diferente das execuções anteriores ou para tornar a música mais atraente para o público, o arranjador precisa estar ciente dos recursos disponíveis, tais como a instrumentação e a habilidade dos músicos.
Deve também planejar seu trabalho e conhecer bem seus objetivos. Em muitos casos, o arranjo inclui a mudança no estilo da música. É possível, por exemplo, transformar um samba em um rock ou uma peça composta para uma voz solista para ser cantada por um coral.
O arranjo pode ser uma expansão, quando uma música para poucos instrumentos é executada por um grupo musical maior como uma orquestra ou grupo coral. Pode também ser uma redução, como quando uma música para orquestra é reduzida para ser tocada por um conjunto menor ou mesmo por um instrumento solista.
Portanto, para desenvolver um bom arranjo, o músico deve dominar a criação da base rítmica, contracantos e linhas de baixo, instrumentação, estilo, dinâmica, variações de andamento, expressão e a estruturação da peça.
E depois documentar esse trabalho através de uma partitura - ou outros métodos de notação musical - para o registro da obra e para que outras pessoas possam executá-la conforme o planejado.
E pode ter certeza que aquele forrozinho maroto do estabelecimento "risca-faca" também levou um certo tempo para ser elaborado.

Dicas para uma boa voz


Beba água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as pregas vocais;
Mantenha uma alimentação saudável e regular. Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz , pois estes aumentam a secreção do trato vocal;
Evite café e bebidas gasosas (irritam a laringe);
Coma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal;
Na hora de acordar e levantar da cama espreguice e faça alongamentos para relaxar; Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre reta, no eixo,
porém relaxada, principalmente a cabeça;
Utilize alguns horários do seu dia para descansar e relaxar, tentando poupar a sua voz;
Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudiologia.
Erros Freqüentes:
Evite gritar ou falar com muita intensidade: sempre que possível procure se aproximar da pessoa para conversar. Evite competição sonora;
Pigarrear – essa ação provoca um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as;
Evite a fala durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe;
Evite pastilhas refrescantes antes de cantar/falar. Estas geralmente têm efeito “anestésico” e você pode cometer abuso vocal sem se dar conta;
Evite falar em demasia em quadros gripais ou em crises alérgicas, pois o tecido que reveste a laringe está inchado e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser de forte agressão.
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente; alimentos e bebidas geladas também causam choque térmico, provocando muco e edema nas pregas vocais;
Evite usar roupas apertadas na altura do pescoço e na cintura, pois irá dificultar a livre movimentação da laringe e também a movimentação do diafragma;
Evite alimentos pesados e muito condimentados, pois além de provocar azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, dificulta também a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração;

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Cuidados com o microfone


Microfones dinâmicos

Os microfones dinâmicos são os mais robustos e confiáveis de todos os microfones, o que explica sua extrema popularidade. Dependendo do uso por parte do cantores, esses microfones podem sofrer com torcidas no cabo, saliva e geralmente acumulam muita sujeira. Por isso a melhor forma de manutenção desse tipo de microfone é fazer uma boa limpeza periódica.
A limpeza começa por desparafusar a grade externa e enxaguá-la com água. Um detergente neutro ajuda a retirar sujeiras incrustadas e elimina odores. Se a sujeira for realmente densa e endurecida, use uma escova de dente com cerdas macias para limpar a grade.
Após a limpeza, deixe a grade secar antes de recolocá-la no microfone. Seque-a com um secador de cabelos em temperatura baixa ou deixe secar naturalmente na sombra. Evite calor em excesso.
Se o microfone não tiver uma grade removível, segure-o de cabeça para baixo e esfregue-o suavemente com uma escova de dente de cerdas macias com água morna. Isso evita que a água atinja as partes internas do microfone.
Se o microfone estiver com mau cheiro, esfregue-o com uma escova de dente embebida em uma solução diluída de enxaguante bucal e água. Certifique-se de segurar o microfone de cabeça para baixo ao fazer isso. Nunca pulverize desinfetante ou qualquer agente de limpeza na cabeça do microfone, pois ele penetrará na grade e possivelmente danificará o microfone.

Microfones condensadores

Os microfones condensadores são mais frágeis que as dinâmicos. Eles nunca devem ser derrubados ou usados chacoalhados, e não devem ser expostos a calor excessivo ou frio extremo. Evite vibrações excessivas e umidade.
É uma boa ideia usar um saco plástico para cobrir os microfones quando eles não estiverem em uso. Esses sacos impedirão que partículas de poeira e outras sujeiras se instalem na cápsula do microfone. Sempre ensaque o microfone antes de guardá-lo.
Use um filtro ao usar o microfone. Ele interceptará a névoa de saliva de um cantor e evitará que ela danifique o diafragma do microfone. O filtro também impedirá que a cápsula eletricamente carregada atraia partículas suspensas no ar.
Uma cápsula contaminada acabará afetando as frequências altas. Isso pode causar ruído ou fazer o microfone desligar completamente. Também é aconselhável manter uma distância mínima de 15 centímetros entre a boca e o microfone.
Sempre conecte o cabo da fonte de alimentação a um microfone condensador de tubo antes de ligar a fonte de alimentação. O choque de tensão de uma fonte de alimentação ativa ou “hot plugging” pode danificar o tubo de um microfone. Além disso, use um estabilizador de voltagem.

Vale a pena investir em cabos de instrumento?



Há muitos músicos que não entendem a importância que o cabo tem no resultado final do som. É muito comum ver pessoas investindo fortunas em guitarras e amps, mas na hora de comprar os cabos, os músicos costumam não levar em consideração que a sua qualidade está diretamente ligada ao som que eles vão conseguir tirar, e acabam comprando cabos de marcas desconhecidas, que são mais baratas e, consequentemente, piores.
Nesse artigo, vamos falar sobre as principais características dos cabos, que realmente podem fazem diferença para seu som.
A construção dos cabos
Vamos ver agora como os cabos são fabricados, quais os elementos que dão qualidade ao acessório e no que devemos prestar atenção na hora de comprar um.
·         Condutor: É um fio de cobre que é responsável por conduzir as frequências, ou seja, o som.
·         Isolamento: É a parte responsável por isolar o fio de cobre (condutor). Ele não só protege o som, mas também o próprio guitarrista. Normalmente, eles são feitos de materiais termoendurecidos (borracha e neoprene) ou termoplásticos (polietileno e polipropileno). Esse isolamento ainda pode ser coberto por outra camada de cobre.
·         Revestimento Externo: É a parte que você tem contato com o cabo. Eles podem ser feitos de vários materiais, mas normalmente são de plástico ou emborrachados.
·         Conectores: São popularmente conhecidos entre os guitarristas como plug. É a parte do cabo que conecta o instrumento e o amplificador.
·         Cuidado com os ruídos
Todo cabo está sujeito às interferências externas, geralmente ligadas à eletricidade. Sim, a eletricidade causa interferências, o que você vai notar como um ruído.
O nível de ruído está diretamente ligado à blindagem do condutor, ou seja, à qualidade do isolamento do fio de cobre. Por isso, os melhores cabos, aqueles que você não consegue identificar ruídos, são um pouco mais caros.
Todos os cabos fazem diferença
Se você usa pedais de efeito, vai precisar ter alguns cabos. Uns menores, outros maiores, contudo, não adianta investir em apenas um cabo e economizar nos outros, haja vista que a qualidade de seu som vai depender da qualidade de todos os cabos. Por isso, por mais caro que possa parecer, vale a pena comprar todos os cabos de qualidade.

Trabalho em grupo


O trabalho em grupo
O aprendizado individual é imprescindível para o desempenho dos músicos durante as performances. Contudo, o trabalho em grupo é que deve se sobressair na hora de executar os louvores.
Vamos ver então alguns aspectos que devem fazer parte do trabalho coletivo.
Ensaio:
            É a parte mais importante do trabalho coletivo. Durante o ensaio se define a tonalidade dos cantos, a quantidade de repetições, quem canta, a separação das vozes, entre outros. O ensaio deve ser um momento de prática coletiva onde se corrigem erros e se define como a canção será executada no culto.
            Qualquer mudança na estrutura da música deve ser definida no ensaio e praticada varias vezes até que todos estejam habituados.
            Para que seja eficaz o ensaio é preciso que algumas questões estejam bem definidas como:
# Quantidade: Sabemos que quanto mais ensaiamos melhor é a nossa performance. Contudo, como nem todos dispõe de tempo necessário devemos definir um mínimo de duas horas semanais para os ensaios;
 # Etapas: É imprescindível definir algumas etapas para otimizar o tempo de ensaio podendo-se seguir o seguinte esquema:
1.    Ouvir a música em grupo para fazer apontamentos, definir alterações, repetições,etc. Para este momento é importante que todos tenham ouvido anteriormente a canção e tenham em mão a letra para as anotações;
2.    Ensaio separado de instrumentistas e cantores. Nesse momento os cantores vão definir o vocalista principal, ensaiar a divisão das vozes e os backing vocals caso seja necessário. Já os instrumentistas devem acertar a introdução, conferir a harmonia, treinar solos e interlúdios, acertar o final da canção;
3.    Ensaio com todo o grupo;
 -# Dia e horário: Como cada congregação tem sua agenda semanal, os dias e horários de ensaio devem se adaptar a essa agenda. Contudo, o inicio da semana sempre é melhor, pois é possível nos lembrarmos de eventuais discrepâncias ocorridas no culto e corrigi-las.
            O ensaio no dia do culto deve ser evitado, pois o trabalho muitas vezes é cansativo e desgastante. Deste modo, se ocorrer pouco antes da celebração os músicos, (principalmente os cantores) estarão cansados e sobrecarregados.
Entrosamento:
            Quanto mais os músicos tocam junto, mais entrosados ficam. O entrosamento é fruto de muito trabalho repetitivo, ensaio e ações combinadas.
            À medida que o grupo vai se entrosando, a segurança na execução das músicas vai aumentando e, consequentemente, diminuem muito os erros.
Estudo musical:
            Imprescindível é para o músico o estudo diário. Quanto mais estudamos e praticamos, melhor desempenhamos nossa função e mais podemos ajudar o grupo.
            O estudo constante nos permite identificar nossas limitações e superá-las com o treinamento adequado.
            Há certos aspectos que todo músico precisa compreender para que seu trabalho flua de acordo com o esperado e seu estudo diário seja bem direcionado. Vejamos alguns deles:
#        Conhecer bem seu instrumento;
#        Saber executar a manutenção;
#        Saber função que desempenha no grupo (melodia, harmonia, ritmo);
#        Ter acesso a material didático de qualidade;
#        Estudar elementos práticos e teóricos;
#        Separar tempo diário para estudo;
#        Praticar o que foi ensaiado com o grupo;
Como dissemos, estes são apenas alguns dos muitos aspectos a serem desenvolvidos nos estudos diários.
Quem canta:
            É muito importante definir quem canta cada louvor. O grupo pode ter um ou dois cantores principais para todos os cantos, ou até mesmo vários cantores para dividir a função.
            Porém, é preciso definir uma voz principal para cada canto, cabendo aos demais as vozes auxiliares (2ª voz, 3ª voz, quando houver necessidade) e os backing vocals.
            Cabe ao cantor principal definir a tonalidade da música, seu início e o número de repetições.
Poluição sonora:
            Tirar uma música, acertar uma cifra, corrigir um vocal, conferir um arranjo, afinar o instrumento, etc., são tarefas que exigem muita atenção e concentração. Assim, nesses momentos é imprescindível que haja silêncio por parte dos músicos para que tais tarefas não se tornem estressantes.
            A regulagem dos instrumentos e o aquecimento dos músicos devem acontecer antes do inicio do ensaio, assim ganhamos tempo e o ensaio se torna mais produtivo.
Volume:
            Ao ouvirmos uma música gravada profissionalmente, podemos perceber que os instrumentos têm intensidade (volume) semelhante, sobressaindo-se algum no momento de um solo ou um arranjo.
            Sendo assim, precisamos aprender a controlar o volume de nosso instrumento para que não se sobressaia o tempo todo, prejudicando os demais. Além disso, devemos nos lembrar que o mais importante no louvor é a letra, portanto, a voz sempre deve aparecer com mais nitidez.
Dinâmica:
            A dinâmica está relacionada à força que aplicamos ao som ampliando assim sua intensidade. Sem dinâmica, a música começa e termina na mesma intensidade, perdendo em qualidade e ficando sem “movimento”.

Menos é mais:
            Imaginem um momento de oração em que precisamos tocar suavemente uma melodia para criar um ambiente propício para a introspecção. Bem, se neste momento todos os músicos resolverem tocar um arranjo ou solo ao mesmo tempo, teremos uma confusão sonora e, ao invés de contribuir, estaremos atrapalhando a congregação.
            Portanto, será bem mais eficaz se definirmos um instrumento para o arranjo neste momento, ficando os outros responsáveis pela harmonia.
Repertório:
            A música na igreja tem várias funções como louvar a Deus, celebrar, trazer reflexão, ensinar a palavra, promover comunhão, ensinar uma doutrina, etc.. Sendo assim, o repertório deve ser escolhido e os cânticos executados com coerência, sabendo-se de antemão qual sua finalidade.
            Devemos ter em mente que nem toda música tocada na igreja é de louvor a Deus, haja vista que louvar significa elogiar, engrandecer os atributos de Deus e honrá-lo como ele merece. Portanto as músicas cujas letras demonstram tais características são louvores, sendo as demais caracterizadas de modo diferente.
            Também devemos nos lembrar que a congregação não participa dos ensaios, portanto seu contato com as músicas se dá apenas no culto. Assim as músicas precisam ser tocadas em vários cultos antes de apresentar uma música nova, para que a congregação se habitue.
            Vale ressaltar também que a congregação é formada por pessoas de faixa etárias diversas e que, portanto, têm gosto e percepção musical diferentes. Assim, deve haver equilíbrio na escolha do repertório para que as pessoas se sintam à vontade durante o período de louvor.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Conselhos para grupos de louvor




Posted by Thomas Magnum | 7/jul/2016 | ArtigosLíder de LouvorMinistério

A vaidade é algo comum em todo ser humano, mas, gostaríamos, com esse texto, chamar a atenção dos músicos: instrumentistas e cantores. Esta é uma categoria que tem ganhado muita notoriedade com o boom da música gospel e vem moldando a forma de cultuar da Igreja. Anteriormente, a congregação cantava embalada por hinários e um organista. Isto foi mudando e após a revolucionária década de 1960 a sonoridade pop invadiu as liturgias, com isso boa parte das igrejas aderiu ao que chamamos de “liturgia contemporânea”.
Embora gostemos das letras contidas nos hinários, pois teologicamente são bem robustas, não desprezamos a musicalidade de nossa época. Os louvores podem sim ter uma melodia que comportem serem tocadas por instrumentos como guitarra, bateria e baixo. Quanto a isso, não há nada de errado em si. O foco importante deve estar no comportamento do grupo de louvor e, sobretudo, no conteúdo daquilo que se canta. Fica a pergunta no ar: Os louvores contemporâneos são bíblicos?
Todos os cantores e instrumentistas que compõem os grupos de louvor devem saber exatamente o que significa louvar a Deus, e porque isso é parte importante no culto. Em Efésios 5.19, o apóstolo Paulo vai citar os elementos de culto e lá estão listados hinos e cânticos espirituais. Este é o respaldo bíblico para que a música seja parte importante no ajuntamento dos remidos para adorar ao Deus verdadeiro (durante a reforma do século 16, alguns teólogos eram contra as músicas executadas nos cultos). Portanto, é necessário entender que o objetivo do louvor não é demonstrar técnica exuberante e nem chamar a atenção da igreja a um determinado instrumento ou cantor. O objetivo do período de louvor é a glória de Deus.
Tendo este pressuposto bem definido (o louvor é para glorificarmos a Deus), gostaríamos de elencar alguns conselhos práticos para que os grupos de louvor pudessem se apresentar sem querer roubar a glória de Deus. Um princípio joanino deve vir sempre à mente quando o assunto é louvor e adoração: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Agora vamos aos pontos, que formam sete conselhos bem práticos:
I) Cantem as Escrituras: Pegando carona no nome do blog, aconselhamos aos grupos de louvor que organizem o repertório com músicas que mostrem claramente passagens bíblicas. Algo precioso da herança reformada é o princípio de que temos que ler a Bíblia, orar a Bíblia, pregar a Bíblia, cantar a Bíblia e viver a Bíblia. Se ela é nossa fonte suprema de sabedoria, o livro da revelação que nos alimenta espiritualmente, o retrato de Cristo (pois aponta para ele) e nosso guia prático, então porque cantar letras derivadas de outros mananciais? Chega de tanto humanismo e psicologia barata que fala que “você é campeão e vencedor”. Paremos com esses “hinos” que amaciam nosso ego e que não tem respaldo na Palavra. Embasemos nossas canções na Sagrada Escritura. Isto agrada a Deus.
II) Não molde o repertório ao gosto pessoal: O culto é determinado por Deus e não está ao bel prazer do grupo de músicos.  Deus o instituiu para ser comunitário. A Igreja é quem louva e não o grupo de louvor sozinho. Lembrem que a congregação é multi-geracional, isto é, tem diversas gerações: idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças. Temos visto que o estilo de música mais atraente para o público jovem tem dominado as listas de canções nos cultos. Lembrem que, na igreja, nem todo mundo é fã de solos de guitarra e gritos ensurdecedores. Parem de tocar músicas de aulas de aeróbica. Não desprezem os antigos hinos, toque-os alternando-os com hinos mais recentes. E não se esqueçam da importância do nosso primeiro item, que é cantar a Bíblia.
III) Abaixem o volume e evitem o estrelato: Como dito acima, o culto é comunitário. A igreja canta junto numa só voz. A maioria esmagadora dos grupos de louvor cobre a voz da congregação devido ao alto volume do seu som amplificado. É preciso ter sensibilidade e evitar o exibicionismo. A congregação também encontra dificuldades quando a música escolhida tem um tom muito elevado, onde apenas o cantor consegue alcançar as notas. Ademais, quando um músico toca em uma apresentação fora da igreja, ele está apresentando sua arte, em muitos casos deve realmente demonstrar técnica e virtuosismo instrumental, mas, no culto solene o objetivo não é esse, é apenas acompanhar a melodia e conduzir o povo a louvar a Deus. Conduzir o louvor – e não se apresentar – é o propósito. Entendeu?
IV) Não queiram ser os mais importantes no culto: Como foi frisado, o momento de louvor é para a igreja cantar ao Senhor. Sendo assim, não é o momento para orações extensas e pregações no meio da música. A pregação será realizada pelo pastor. A música na igreja não pode ofuscar a pregação. Em muitos lugares temos de quinze à vinte minutos de pregação e quase duas horas de música. Nesse caso, tanto o pastor como os músicos devem ter ciência que estão em desobediência a Palavra de Deus e invalidando a pregação do evangelho. A música comunica o evangelho, mas, a pregação foi o meio criado por Deus para que os homens creiam e se arrependam dos seus pecados. Não se pode reposicionar a música no lugar da pregação. E também, o momento do louvor não prepara o coração da igreja para a pregação, quem prepara a igreja para o momento da exposição da Palavra é o Espirito Santo. Não acredite que o momento do louvor é mais importante no culto, pois não é. A pregação é o momento que Deus fala com sua igreja. A pregação foi determinada por Deus como meio de transmissão de sua poderosa graça, pois nela, a Escritura é exposta e por meio da exposição bíblica o Espírito Santo age convertendo corações. Tenham cuidado para não negligenciar aquilo que Deus deu importância no seu culto.
V) Zelem por uma boa conduta: Os músicos cristãos devem ter uma vida piedosa, santa e não escandalosa e ímpia como acontece em alguns casos. Tocar na igreja não pode ser um passatempo, mas, um exercício piedoso. Componentes carnais, insubordinados ou estrelas devem se arrepender ou então serem afastados de seus afazeres nas atividades musicais na igreja. Os músicos cristãos devem reger suas atividades diárias pela Escritura Sagrada. Devem ler a Bíblia, amar a Palavra de Deus. O momento de louvor não é um show, aqueles que cantam e tocam na igreja devem saber que sua presença a frente da congregação é algo de responsabilidade para com Deus e não para inflar o ego. Por isso deve-se atentar também até para o tipo de roupa do grupo. Mulheres com roupas extremamente apertadas e sensuais, ou homens da mesma forma amantes de si mesmo e da sensualidade não podem estar a frente desse momento solene no culto.
VI) Dediquem-se a música com esmero: Os músicos crentes devem estudar seu instrumento (isso inclui a voz) de forma excelente. Devem ser bons músicos, pois estão fazendo para glória de Deus. Certa feita, um sapateiro perguntou para Lutero o que deveria fazer para agradar a Deus. O Reformador lhe respondeu dizendo que ele deveria cuidar dos sapatos de maneira caprichada, assim, poderia até “engraxar sapatos para o louvor do SENHOR Deus”. Os músicos cristãos devem ter boa técnica e conhecer os mais variados gêneros musicais, devem ser exímios conhecedores de sua arte. Deus é o autor de todas as coisas. O grande artista que fez o homem a Sua imagem e semelhança, dotando o ser humano com vários dons. A música é um dom divino e precisa ser executada e desenvolvida com uma mentalidade reverente. O compositor erudito Johann Sebastian Bach entendeu isso. Ele compôs suas sinfonias dando o máximo de si e ao final de cada partitura colocava a sigla S.D.G. (Só a Deus Glória, do latim Soli Deo Gloria).
VII) Envolvam-se com a Igreja: Meu ministério é tocar/cantar”. Esta é uma frase comum, todavia enganosa. Cantar ou tocar um instrumento é um dom que pode ser colocado a serviço da igreja, todavia, ministério é algo que é indispensável. Vamos tornar mais claro: A igreja sobrevive sem guitarra ou sem bateria. A igreja ainda será igreja mesmo sem a voz aveludada de um cantor talentoso. Todavia, a igreja não pode deixar de lado a pregação do evangelho, o discipulado, a administração dos sacramentos e o diaconato. Logo, envolvam-se para além da música e sirvam num ministério, seja ele de ensino, de evangelismo ou de ação social. Não limitem a vida cristã aos ensaios para os cultos. Ser um discípulo de Cristo deve ultrapassar – e muito – a esfera da musicalidade.
Bem, aqui finalizamos na expectativa que tais conselhos ajudem a todos os que trabalham com a música nas congregações. Falamos como irmãos em Cristo, e membros que amam a Igreja do SENHOR, valorizando o culto comunitário como sendo uma fonte vigorosa que nos incentiva no caminho do Evangelho.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Como surgiu a música gospel




A palavra “Gospel” é uma aglutinação da expressão “God Spell” do inglês antigo, que traduzindo ao pé da letra seria “Deus soletra”, mas que associando ao contexto, significa “Boas Novas”, fazendo uma referência direta à função do Evangelho bíblico, que trata da vinda do Messias (Cristo) ao mundo.

Esse tipo de música teve sua origem na música cristã dos negros americanos, o “Negro Spirituals”, no início do século XX. Tratava-se de uma música harmoniosa diversificada em várias vozes (coral), um solista, piano, órgão, guitarra, bateria, baixo, formando um pequeno conjunto musical. Pretendiam, desta forma, manter uma união perfeita entre os fiéis e Deus, união essa considerada desgastada devido os louvores serem entoados através dos hinos tradicionais. Com sua popularidade, a Música Gospel ultrapassou os limites da igreja Afro-americana e alçou vôos, movimentando um mercado de milhões de dólares.
Inicialmente, esse estilo musical era formado por, de um coral. Com o tempo, a Música Gospel foi sofrendo transformações, mas algumas comunidades cristãs ainda preferem manter sua forma original. Os quartetos Gospel, por exemplo, evoluíram de tal maneira que adotaram uma “música gritante”, danças exageradas e “roupas extravagantes”. Foi nessa evolução que se inspirou o rock dos anos 50, com grandes nomes como Bill Halley, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis.
Um grande divulgador deste gênero foi Elvis Presley, inclusive chegou a ganhar o GRAMMYs três vezes. Ele amava esse tipo de música, assim como o rock" n" roll, o blues e o country. Dentre suas produções, destacam-se quatro álbuns gospel:”Peace in The Valley” (1957), “His Hand in Mine” (1960), “How great Thou Art” (1967) e “He Touched Me” (1972). Ele é considerado por muitos como um dos maiores representantes da Música Gospel Estadunidense.

A matemática na música

Ao aplicar uma força sobre uma corda esticada, obtemos uma frequência que gera uma nota musical.  Observou-se que quando uma frequência ...