quinta-feira, 21 de junho de 2018

Trabalho em grupo


O trabalho em grupo
O aprendizado individual é imprescindível para o desempenho dos músicos durante as performances. Contudo, o trabalho em grupo é que deve se sobressair na hora de executar os louvores.
Vamos ver então alguns aspectos que devem fazer parte do trabalho coletivo.
Ensaio:
            É a parte mais importante do trabalho coletivo. Durante o ensaio se define a tonalidade dos cantos, a quantidade de repetições, quem canta, a separação das vozes, entre outros. O ensaio deve ser um momento de prática coletiva onde se corrigem erros e se define como a canção será executada no culto.
            Qualquer mudança na estrutura da música deve ser definida no ensaio e praticada varias vezes até que todos estejam habituados.
            Para que seja eficaz o ensaio é preciso que algumas questões estejam bem definidas como:
# Quantidade: Sabemos que quanto mais ensaiamos melhor é a nossa performance. Contudo, como nem todos dispõe de tempo necessário devemos definir um mínimo de duas horas semanais para os ensaios;
 # Etapas: É imprescindível definir algumas etapas para otimizar o tempo de ensaio podendo-se seguir o seguinte esquema:
1.    Ouvir a música em grupo para fazer apontamentos, definir alterações, repetições,etc. Para este momento é importante que todos tenham ouvido anteriormente a canção e tenham em mão a letra para as anotações;
2.    Ensaio separado de instrumentistas e cantores. Nesse momento os cantores vão definir o vocalista principal, ensaiar a divisão das vozes e os backing vocals caso seja necessário. Já os instrumentistas devem acertar a introdução, conferir a harmonia, treinar solos e interlúdios, acertar o final da canção;
3.    Ensaio com todo o grupo;
 -# Dia e horário: Como cada congregação tem sua agenda semanal, os dias e horários de ensaio devem se adaptar a essa agenda. Contudo, o inicio da semana sempre é melhor, pois é possível nos lembrarmos de eventuais discrepâncias ocorridas no culto e corrigi-las.
            O ensaio no dia do culto deve ser evitado, pois o trabalho muitas vezes é cansativo e desgastante. Deste modo, se ocorrer pouco antes da celebração os músicos, (principalmente os cantores) estarão cansados e sobrecarregados.
Entrosamento:
            Quanto mais os músicos tocam junto, mais entrosados ficam. O entrosamento é fruto de muito trabalho repetitivo, ensaio e ações combinadas.
            À medida que o grupo vai se entrosando, a segurança na execução das músicas vai aumentando e, consequentemente, diminuem muito os erros.
Estudo musical:
            Imprescindível é para o músico o estudo diário. Quanto mais estudamos e praticamos, melhor desempenhamos nossa função e mais podemos ajudar o grupo.
            O estudo constante nos permite identificar nossas limitações e superá-las com o treinamento adequado.
            Há certos aspectos que todo músico precisa compreender para que seu trabalho flua de acordo com o esperado e seu estudo diário seja bem direcionado. Vejamos alguns deles:
#        Conhecer bem seu instrumento;
#        Saber executar a manutenção;
#        Saber função que desempenha no grupo (melodia, harmonia, ritmo);
#        Ter acesso a material didático de qualidade;
#        Estudar elementos práticos e teóricos;
#        Separar tempo diário para estudo;
#        Praticar o que foi ensaiado com o grupo;
Como dissemos, estes são apenas alguns dos muitos aspectos a serem desenvolvidos nos estudos diários.
Quem canta:
            É muito importante definir quem canta cada louvor. O grupo pode ter um ou dois cantores principais para todos os cantos, ou até mesmo vários cantores para dividir a função.
            Porém, é preciso definir uma voz principal para cada canto, cabendo aos demais as vozes auxiliares (2ª voz, 3ª voz, quando houver necessidade) e os backing vocals.
            Cabe ao cantor principal definir a tonalidade da música, seu início e o número de repetições.
Poluição sonora:
            Tirar uma música, acertar uma cifra, corrigir um vocal, conferir um arranjo, afinar o instrumento, etc., são tarefas que exigem muita atenção e concentração. Assim, nesses momentos é imprescindível que haja silêncio por parte dos músicos para que tais tarefas não se tornem estressantes.
            A regulagem dos instrumentos e o aquecimento dos músicos devem acontecer antes do inicio do ensaio, assim ganhamos tempo e o ensaio se torna mais produtivo.
Volume:
            Ao ouvirmos uma música gravada profissionalmente, podemos perceber que os instrumentos têm intensidade (volume) semelhante, sobressaindo-se algum no momento de um solo ou um arranjo.
            Sendo assim, precisamos aprender a controlar o volume de nosso instrumento para que não se sobressaia o tempo todo, prejudicando os demais. Além disso, devemos nos lembrar que o mais importante no louvor é a letra, portanto, a voz sempre deve aparecer com mais nitidez.
Dinâmica:
            A dinâmica está relacionada à força que aplicamos ao som ampliando assim sua intensidade. Sem dinâmica, a música começa e termina na mesma intensidade, perdendo em qualidade e ficando sem “movimento”.

Menos é mais:
            Imaginem um momento de oração em que precisamos tocar suavemente uma melodia para criar um ambiente propício para a introspecção. Bem, se neste momento todos os músicos resolverem tocar um arranjo ou solo ao mesmo tempo, teremos uma confusão sonora e, ao invés de contribuir, estaremos atrapalhando a congregação.
            Portanto, será bem mais eficaz se definirmos um instrumento para o arranjo neste momento, ficando os outros responsáveis pela harmonia.
Repertório:
            A música na igreja tem várias funções como louvar a Deus, celebrar, trazer reflexão, ensinar a palavra, promover comunhão, ensinar uma doutrina, etc.. Sendo assim, o repertório deve ser escolhido e os cânticos executados com coerência, sabendo-se de antemão qual sua finalidade.
            Devemos ter em mente que nem toda música tocada na igreja é de louvor a Deus, haja vista que louvar significa elogiar, engrandecer os atributos de Deus e honrá-lo como ele merece. Portanto as músicas cujas letras demonstram tais características são louvores, sendo as demais caracterizadas de modo diferente.
            Também devemos nos lembrar que a congregação não participa dos ensaios, portanto seu contato com as músicas se dá apenas no culto. Assim as músicas precisam ser tocadas em vários cultos antes de apresentar uma música nova, para que a congregação se habitue.
            Vale ressaltar também que a congregação é formada por pessoas de faixa etárias diversas e que, portanto, têm gosto e percepção musical diferentes. Assim, deve haver equilíbrio na escolha do repertório para que as pessoas se sintam à vontade durante o período de louvor.

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