Baixo


Técnicas do Contra-Baixo

Existem muitas técnicas a serem utilizadas no contrabaixo, mas cabe ressaltar algumas nesse aprendizado: O Pizzicato e o Slap.
Pizzicato: Consiste em tocar as cordas com os dedos indicador e médio da mão direita para que as notas digitadas na escala com a mão esquerda possam soar.
Essa técnica é decorrente da influência do contrabaixo acústico, entretanto, foi aperfeiçoada por pesquisadores como Jaco Pastorius e Stanley Clark, fazendo com que se tomasse mais popular e peculiar a sonoridade e linguagem musical atual.
Slap: consiste em bater (martelar) nas cordas com o dedo polegar, para dar a intenção de explosão e puxar as cordas com o dedo indicador, para a intenção de estalo. Essa é a única técnica característica do contrabaixo, ou seja, é a única que foi criada especificamente para ser executada no contrabaixo elétrico. Ela se caracteriza por dar uma intenção percussiva na execução do instrumento e é muito usada em estilos como soul e derivados.
Para aprofundarmos mais sobre esse tema vamos introduzir um assunto aqui: As funções do contra-baixo na música.
A primeira delas é a função básica de condução, ou seja, de dar força e peso harmônico e fundamento rítmico; A segunda é a função de instrumento improvisador e executor de melodias (temas); Por fim surge a função de instrumento solo, ou seja, que executa temas (musicas) compostos exclusivamente para o contrabaixo ou que exijam uma atuação predominante e marcante do instrumento.

A Condução e a Execução

Condução
Condução e Execução são duas das funções mais importantes do contrabaixo dentro da música. Vale lembrar que o baixo se caracteriza na música com a função de conduzir a harmonia e a rítmica, tornando-se o instrumento chave em uma banda.
A condução se dá com a criação de uma linha constituída de notas inter-relacionadas com os acordes da harmonia e com uma linha rítmica casada com a percussão. Os norte-americanos denominam esta condução como Groove; uma linha que permanece igual a cada acorde ou a um grupo de acordes.
A seguir veremos alguns exemplos em estilos variados, introduzindo estilos musicais variados.
Execução
Na execução é sempre bom atenta-se ao fato da dinâmica, da pulsação, do andamento e da harmonia que você precisa manter firme durante a execução. Nunca sole durante as frases da melodia e mesmo quando sobe, nos intervalos da música e não se esqueça de contar o tempo para voltar ao peso.
O peso é fundamental combinado com a mudança do timbre (botão grave e agudo); Se a música exigir um acompanhamento com peso durante 100 compassos, não mude o timbre para agudo. Sempre haverá uma oportunidade para mostrar o seu domínio, por isso não se arrisque a solar (improviso) sem saber.
A teoria deve estar junto com a prática e primeiro toque o que a música pede, e se houver espaço coloque a sua interpretação. No baixo só existe sentimento quando está solando, ou seja, o teclado, a guitarra, ou qualquer outro instrumento vai estar fazendo o que os músicos chamam de "Cama", mas quando acabar o solo, o baixo deve voltar a sua posição que é de peso na música
Outra dica importante que forneço é procurar estar junto com a bateria. A peça de referência é o bumbo que basicamente tem a mesma linha de acompanhamento.
Evite usar todas as técnicas que sabe durante o acompanhamento, para não enjoar os ouvidos e lembre-se que a função de qualquer instrumento é de acompanhar algo (instrumento ou voz). Não fique tentando se destacar sozinho. Pense no conjunto!
3.3. Técnica do SLAP
Bom vamos falar de uma técnica bastante usada no contra-baixo e que muitos usuários gostariam de saber: o SLAP.
Retirei as dicas abaixo, de um texto bastante completo da Revista Cover Guitarra de 1997.
``Muitos baixistas associam o slap, suas técnicas e aplicações apenas com ritmos "swingados" (como o funk,etc...) não aproveitando-o para bases mais simples e "retas" de rock. Adiante será dado três exemplos em cima de uma base com os acordes: Am/G (beats 1 e 3 do primeiro compasso) e Dm7/C (beats 1 e 3 do segundo compasso). No primeiro são usados intervalos de oitavas e quintas, no segundo, terças e no terceiro ambos com algumas notas abafadas em cima do "thumb".
Tentem usar essas idéias com outras bases atentando sempre ao tom e ao tempo delas.
T : Thumb (polegar)
P : Pop (puxada com o indicador ou médio)
X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)





Já nesses exemplos vão algumas dicas de uma aplicação que uso muito que é a mistura de notas ligadas com cordas soltas demonstradas abaixo em três diferentes exemplos todos no tom de MI menor No exemplo 1 foi usado o ligado da corda solta para certas notas tocando em seguida as mesmas em thumb e depois alternando com suas oitavas , experimentem com outros intervalos.
No exemplo 2 foi ligado cordas soltas com notas da escala pentatônica de Mi alternando sempre com a corda solta sol., tentem com outras escalas ou em outros tons.
No exemplo 3 foi pensado no "bordão" ou "power chord" que são os acordes básicos sem terças em vários lugares alternando cada nota com sua respectiva corda solta, usem outros desenhos de acordes e procurem deixar soar o som de cada nota para dar uma maior consistência na soma delas.
T : Thumb (polegar)
P : Pop (puxada com o indicador ou médio)
X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)





Seguindo a linha das idéias passadas anteriormente será dado mais exemplos só que numa divisão de tempo mais difícil de executar que são as sextinas (pela velocidade e porque realmente soam diferente nestes casos).
No exemplo 1 em mi menor apenas desce as notas dos "bordões" alternando com cordas soltas, já no exemplo 2 faço o mesmo só que subindo notas dos acordes Em , D e C7M sempre alternando com cordas soltas.
No exemplo 3 foi trasncrito um trecho da música SLAPJACK de meu disco EXPRESS que exemplifica muito bem esse tipo de aplicação pensando nesse caso no acorde E7 e ao invés de alternando com corda solta, usando o ligado da sexta para sétima e da terça menor para terça maior (intenção blues) em pop. Procurem fazer frases também pensando em outros intervalos.
T : Thumb (polegar)
P : Pop (puxada com o indicador ou médio)
X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)




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