sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A matemática na música



Ao aplicar uma força sobre uma corda esticada, obtemos uma frequência que gera uma nota musical. Observou-se que quando uma frequência é multiplicada por 2, a nota permanece a mesma. Por exemplo, a nota Lá (440 Hz) multiplicada por 2 = 880 Hz é também uma nota Lá, só que uma oitava acima.
Se o objetivo fosse abaixar uma oitava, bastaria dividir por 2. Podemos concluir então que uma nota e sua respectiva oitava mantêm uma relação de ½.
Muito bem, antes de continuarmos, vamos voltar ao passado, para a Grécia Antiga. Naquela época, existiu um homem chamado Pitágoras que fez descobertas muito importantes para a matemática (e para a música).
Isso que acabamos de mostrar sobre oitavas ele descobriu “brincando” com uma corda esticada. Imagine uma corda esticada, presa nas suas extremidades. Quando tocamos essa corda, ela vibra (observe o desenho abaixo):


Pitágoras decidiu dividir essa corda em duas partes e tocou cada extremidade novamente. O som produzido era exatamente o mesmo, só que mais agudo (pois era a mesma nota uma oitava acima):

Pitágoras não parou por aí. Ele decidiu experimentar como ficaria o som se a corda fosse dividida em 3 partes:


Ele reparou que um novo som surgiu, diferente do anterior. Dessa vez, não era a mesma nota uma oitava acima, mas uma nota diferente, que precisava receber outro nome. Esse som, apesar de ser diferente, combinava bem com o som anterior, criando uma harmonia agradável ao ouvido, pois essas divisões até aqui mostradas possuem relações matemáticas 1/2 e 2/3 (nosso cérebro gosta de relações lógicas bem definidas).
Assim, ele continuou fazendo subdivisões e foi combinando os sons matematicamente criando escalas que, mais tarde, estimularam a criação de instrumentos musicais que pudessem reproduzir essas escalas.
O intervalo do trítono, por exemplo, foi obtido a partir da relação 32/45, uma relação complexa e inexata, fator que leva nosso cérebro a considerar esse som instável e tenso. Com o passar do tempo, as notas foram recebendo os nomes que conhecemos hoje.
Este artigo foi retirado do site:Descomplicando a música. Acesse e veja a matéria completa

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pequeno Guia de Sobrevivência do Músico



Enviado por Ana Karoline
Não é novidade para ninguém que é difícil viver de música no Brasil. Para quem quer levar a qualidade da música a sério, então, é preciso muito talento, dedicação e força de vontade. Para facilitar a vida de quem sonha em seguir a carreira musical, aqui está um pequeno guia com dicas fundamentais para se dar bem no mercado dos dias de hoje.

1. Aprenda a tocar diferentes estilos.
Não existe nada melhor do que tocar rock and roll, mas para ganhar a vida como músico é preciso aprender a driblar o preconceito e ser competente também em outros estilos. A maioria dos grandes músicos começou tocando em bandas cover, muitas vezes com repertório variado para agradar a todos os públicos. No início, guarde suas composições para o seu projeto pessoal. E nunca seja radical.

2. Monte um estúdio em casa.
Computador não serve apenas para conhecer gente na Internet: ele é sua porta de entrada também para o mundo das gravações. Antigamente, era impossível gravar um som decente sem um bom estúdio e um equipamento caríssimo. Hoje isso mudou, com uma boa placa de som e bons softwares, dá para tirar um som inacreditável.

3. Não fique preso ao mundo real.
Não adianta tapar o sol com a peneira: é na Internet que estão as maiores chances de você divulgar seu trabalho. Crie um web site e invista uma parte do seu tempo trocando ideias em comunidades virtuais. A Internet é a mídia mais barata e mais eficaz já inventada.

4. Faça amizade com outros músicos.
Como todo campo profissional, a música também depende muito dos contatos pessoais. No mundo empresarial, isso se chama ‘networking’. Manter contato com outros músicos não é bom apenas para trocar ideias sobre técnicas e equipamentos: é das amizades que surgem as melhores parcerias.

5. Você nunca será o melhor do mundo.
Você deve fugir de duas coisas para se dar bem no mundo da música: a arrogância e a inveja. Nunca ache que você é o melhor do mundo; se achar guarde essa opinião para você. E nunca tenha inveja de um músico que toca melhor que você: eles sempre vão existir. O importante é escolher bons professores e métodos de estudo eficientes.

6. Música não é competição.
Quando se gasta muito tempo estudando, é normal prestar atenção aos outros músicos para comparar as técnicas e, principalmente, a velocidade. Mas não se esqueça que música não é uma competição para ver quem toca mais rápido Jimi Hendrix e Eric Clapton vão viver para sempre, ao contrário de guitarristas que imitam uns aos outros e acham que o importante é tocar mil escalas por segundo.

7. Descubra o seu próprio estilo.
Uma das maiores dificuldades para um músico em qualquer fase da carreira é descobrir o seu próprio estilo. Ser influenciado por outros músicos é ótimo; passar a vida inteira copiando é péssimo. Misture suas influências num e veja o que sai.

8. Não seja bitolado.
Você só pensa em tocar seu instrumento 24 horas por dia? Pois está na hora de dividir a cabeça com outras formas de expressão artística. Dê um descanso para o corpo e gaste parte do seu tempo com filmes, livros, exposições - toda forma de arte é importante e toda experiência pode se tornar uma nova fonte de inspiração musical.

9. Se quiser ser profissional, pense como um.
Você gosta tanto de música que continuará tocando mesmo sem ganhar um centavo com isso? Pense bem. Para seguir a carreira de músico é importante pensar como um profissional: sua música é seu trabalho. Corra atrás de formas de ganhar dinheiro: sessões como músico de estúdio, gravação de jingles, apresentações em público, teatros e até casamentos… Encare a música com profissionalismo e uma hora você terá a oportunidade de mostrar o seu próprio som.

10. Seu instrumento é seu melhor amigo.
Para ser músico você tem que ter respeito pela música e, principalmente, pelo seu instrumento. Ele é o elo entre o que seu coração quer dizer e o que seu público vai ouvir. Encare-o com uma extensão do seu corpo, uma parte fundamental de quem você é. Trate bem o seu instrumento e vocês serão felizes para sempre! 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O que é um arranjo musical?


Para que uma organização, uma comunidade ou um sistema funcione, é necessário que todos os seus elementos estejam combinados ou bem arranjados.
Mas não pense que arranjar músicas é uma tarefa fácil ou glamorosa. Segundo o músico Paulo Tiné, a atividade é tão desgastante que o maestro Tom Jobim, assim que ficou famoso, tratou de terceirizar esse procedimento.
Mas o que é um arranjo?
Tomemos por base a matemática: a análise combinatória estuda dois tipos de agrupamentos: Arranjos e combinações.
Nesse caso, os arranjos são caracterizados pela natureza e pela ordem dos elementos escolhidos.
Na área da computação, o arranjo é a estrutura de dados para organização de elementos através de índices.
Na culinária, é necessário que os ingredientes harmonizem para que a receita dê certo. As vezes o menos é mais. Em outras ocasiões, é permitido um exagero aqui, outro ali. Outras receitas requerem quantidades exatas. Por mais que não exista uma fórmula definitiva, é preciso que tudo esteja combinando.
Nos esportes coletivos, um time bem arranjado tende a ser superior aos adversários. Vamos pegar como exemplo a última Copa do Mundo. Todos lembram o que aconteceu quando uma certa seleção européia que “jogava por música” enfrentou a seleção anfitriã, que desafinou em campo, permitiu tabelas em espaços menores que semicolcheias e acabou levando um gol para cada nota musical da escala natural.
O maestro alemão (aquele treinador que possui uma mania nada higiênica de se “alimentar” durante as partidas), deu uma lição de coletividade, de fazer inveja às melhores orquestras do mundo e conduziu seu time ao tetracampeonato mundial.
Na música, a organização dos elementos, a função de cada instrumento e a preparação de uma composição musical para a execução por um grupo específico de vozes ou instrumentos musicais é  denominado arranjo.
Todas as músicas possuem seu arranjo.
Alguns arranjos são mais elaborados, como aqueles que são executados por orquestras. Outros são mais simples, como aquele forrozinho maroto tocado em estabelecimentos “risca-faca”, por um cantor que abusa da criatividade e do repertório de reputação duvidosa acompanhado apenas de um teclado e um microfone.
Assim como no nosso sistema digestivo, um “desarranjo” pode trazer danos irreparáveis à reputação de um músico. Por isso é importante caprichar nesse processo. É necessário saber para que e para quem se destina o trabalho a fim de que a mensagem seja transmitida de forma clara e objetiva no resultado final.
Ao recriar o material pré-existente para que fique em forma diferente das execuções anteriores ou para tornar a música mais atraente para o público, o arranjador precisa estar ciente dos recursos disponíveis, tais como a instrumentação e a habilidade dos músicos.
Deve também planejar seu trabalho e conhecer bem seus objetivos. Em muitos casos, o arranjo inclui a mudança no estilo da música. É possível, por exemplo, transformar um samba em um rock ou uma peça composta para uma voz solista para ser cantada por um coral.
O arranjo pode ser uma expansão, quando uma música para poucos instrumentos é executada por um grupo musical maior como uma orquestra ou grupo coral. Pode também ser uma redução, como quando uma música para orquestra é reduzida para ser tocada por um conjunto menor ou mesmo por um instrumento solista.
Portanto, para desenvolver um bom arranjo, o músico deve dominar a criação da base rítmica, contracantos e linhas de baixo, instrumentação, estilo, dinâmica, variações de andamento, expressão e a estruturação da peça.
E depois documentar esse trabalho através de uma partitura - ou outros métodos de notação musical - para o registro da obra e para que outras pessoas possam executá-la conforme o planejado.
E pode ter certeza que aquele forrozinho maroto do estabelecimento "risca-faca" também levou um certo tempo para ser elaborado.

Dicas para uma boa voz


Beba água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as pregas vocais;
Mantenha uma alimentação saudável e regular. Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz , pois estes aumentam a secreção do trato vocal;
Evite café e bebidas gasosas (irritam a laringe);
Coma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal;
Na hora de acordar e levantar da cama espreguice e faça alongamentos para relaxar; Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre reta, no eixo,
porém relaxada, principalmente a cabeça;
Utilize alguns horários do seu dia para descansar e relaxar, tentando poupar a sua voz;
Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudiologia.
Erros Freqüentes:
Evite gritar ou falar com muita intensidade: sempre que possível procure se aproximar da pessoa para conversar. Evite competição sonora;
Pigarrear – essa ação provoca um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as;
Evite a fala durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe;
Evite pastilhas refrescantes antes de cantar/falar. Estas geralmente têm efeito “anestésico” e você pode cometer abuso vocal sem se dar conta;
Evite falar em demasia em quadros gripais ou em crises alérgicas, pois o tecido que reveste a laringe está inchado e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser de forte agressão.
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente; alimentos e bebidas geladas também causam choque térmico, provocando muco e edema nas pregas vocais;
Evite usar roupas apertadas na altura do pescoço e na cintura, pois irá dificultar a livre movimentação da laringe e também a movimentação do diafragma;
Evite alimentos pesados e muito condimentados, pois além de provocar azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, dificulta também a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração;

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Cuidados com o microfone


Microfones dinâmicos

Os microfones dinâmicos são os mais robustos e confiáveis de todos os microfones, o que explica sua extrema popularidade. Dependendo do uso por parte do cantores, esses microfones podem sofrer com torcidas no cabo, saliva e geralmente acumulam muita sujeira. Por isso a melhor forma de manutenção desse tipo de microfone é fazer uma boa limpeza periódica.
A limpeza começa por desparafusar a grade externa e enxaguá-la com água. Um detergente neutro ajuda a retirar sujeiras incrustadas e elimina odores. Se a sujeira for realmente densa e endurecida, use uma escova de dente com cerdas macias para limpar a grade.
Após a limpeza, deixe a grade secar antes de recolocá-la no microfone. Seque-a com um secador de cabelos em temperatura baixa ou deixe secar naturalmente na sombra. Evite calor em excesso.
Se o microfone não tiver uma grade removível, segure-o de cabeça para baixo e esfregue-o suavemente com uma escova de dente de cerdas macias com água morna. Isso evita que a água atinja as partes internas do microfone.
Se o microfone estiver com mau cheiro, esfregue-o com uma escova de dente embebida em uma solução diluída de enxaguante bucal e água. Certifique-se de segurar o microfone de cabeça para baixo ao fazer isso. Nunca pulverize desinfetante ou qualquer agente de limpeza na cabeça do microfone, pois ele penetrará na grade e possivelmente danificará o microfone.

Microfones condensadores

Os microfones condensadores são mais frágeis que as dinâmicos. Eles nunca devem ser derrubados ou usados chacoalhados, e não devem ser expostos a calor excessivo ou frio extremo. Evite vibrações excessivas e umidade.
É uma boa ideia usar um saco plástico para cobrir os microfones quando eles não estiverem em uso. Esses sacos impedirão que partículas de poeira e outras sujeiras se instalem na cápsula do microfone. Sempre ensaque o microfone antes de guardá-lo.
Use um filtro ao usar o microfone. Ele interceptará a névoa de saliva de um cantor e evitará que ela danifique o diafragma do microfone. O filtro também impedirá que a cápsula eletricamente carregada atraia partículas suspensas no ar.
Uma cápsula contaminada acabará afetando as frequências altas. Isso pode causar ruído ou fazer o microfone desligar completamente. Também é aconselhável manter uma distância mínima de 15 centímetros entre a boca e o microfone.
Sempre conecte o cabo da fonte de alimentação a um microfone condensador de tubo antes de ligar a fonte de alimentação. O choque de tensão de uma fonte de alimentação ativa ou “hot plugging” pode danificar o tubo de um microfone. Além disso, use um estabilizador de voltagem.

A matemática na música

Ao aplicar uma força sobre uma corda esticada, obtemos uma frequência que gera uma nota musical.  Observou-se que quando uma frequência ...